segunda-feira, 18 de junho de 2012

Casa da família Nemirovsky, Jardim América






A casa da família Nemirovsky ficava na Rua Guadalupe, 778 e foi demolida em 2005. Este é o fio de uma história arquitetônica que não consegui levantar.

Porque será que demoliram esta residência, localizada em um bairro de classe alta? Uma Fundação, foi criada em 1987 para preservar o acervo de obras de arte da família e com certeza poderiam ter mantido na casa da Rua Guadalupe. Algo a complementar esta história algum dia.

Fiquei sabendo da existência desta casa, quando visitei a exposição do acervo da família Nemirovsky "A casa da Rua Guadalupe", na Estação Pinacoteca, localizada onde foi o antigo Dops, no ano de 2012.


Quem foram:




José e Paulina Nemirovsky


José foi médico, empresário, pintor, poeta e colecionador de arte. Nasce em Buenos Aires e cresce no Rio de Janeiro, formando-se em medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Praia Vermelha. Em 1941, em visita a São Paulo, conhece Paulina Pistrak. Casam-se em 1943. O casal fixa residência na capital paulista, morando, a partir de 1975, na casa projetada pelo amigo e arquiteto Jorge Zalszupin. Situada à rua Guadelupe, no aprazível bairro do Jardim América, a casa é sinônimo de arte e bem viver.

Por mais de trinta anos, essa arquitetura incomum, feita de paredes curvas em alvenaria e tetos moldados em concreto aparente, acolhe o melhor do modernismo brasileiro, pondo pinturas como as de Tarsila e Volpi ao lado de imagens de arte sacra, o Bicho, de Lygia Clark, junto a peças de artesanato popular, e vasos de Gallé e Lalique misturados a recordações de viagens e fotos de família.

Fonte das pesquisas:

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 Fundação José e Paulina Nemirovsky

A Estação Pinacoteca abriga a Coleção Nemirovsky, um dos mais importantes acervos de arte moderna do país, fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado da Cultura e a Fundação José e Paulina Nemirovsky, que permitiu sua instalação no edifício. O Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado (Cedoc) e a Biblioteca Walter Wey, que apresenta um significativo acervo de artes visuais – com destaque para arte brasileira –, funcionam no primeiro andar da Estação Pinacoteca.




Visualizar Casas Históricas Paulistanas em um mapa maior



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2 comentários:

  1. Porque demoliram a casa eu não sei, era muito grande, creio que a Bia teria gastos demais com manutenção, com funcionários, pois lá haviam muitos funcionários. Só para vc ter uma ideia, havia um complexo que o governo do estado não consegue fazer para funcionários. Além do que acredito, que tenha ficado para o Governo a propriedade. Para a Bia ficaram outras coisas, os bens pessoais da Dona Paulina e esse era o desejo dela ficariam para o Estado. A casa era linda mesmo, a construção era diferente mesmo, era uma casa branca que quando entrávamos nela já percebíamos que a arquitetura era completamente diferente não havia linhas retas. A Dona Paulina era uma Senhora que eu nem tenho palavras para expressar a gratidão de quem ela foi para o meu sogro e para a minha família, para o meu marido. Estivemos algumas vezes juntas, me recebeu em sua casa, estive em loco na Rua Guadelupe, fiquei sabendo ontem que a casa havia sido demolida, como tudo aqui em SP, existe uma justificativa. Ela eu conheci, veio ao meu casamento, tomei um café com ela em sua bela sala, onde ela me apresentou as suas obras de arte. O Dr. José não estava presente. A Bia, eu conheci, no velório do Dr. José Nemirovsky. Família de bem, pessoas que nós da família Furlanetto só temos a agradecer.
    Sônia Furlanetto

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  2. Obrigado Sonia por seu depoimento. Infelizmente ainda não temos no Brasil uma política de preservação justa. O dinheiro ainda fala mais alto, principalmente em São Paulo.

    Chego de Ouro Preto, e observei que ainda existe muito o que se fazer. Claro, a população e os próprios moradores não tem amor por sua cidade. Vi lixo jogado em lugares em prédio históricos, areas de vegetação, como se ali fosse seu destino correto. É a tal falta de educação que tantos falam! Abs.

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