quinta-feira, 11 de abril de 2013

Casarão do Anastácio

visão de baixo para cima




















Mais fotos do Casarão, por Viviane Shinzato


O Casarão do Anastácio foi erguido onde havia uma casa de taipa em pilão, que pertenceu à Marquesa de Santos.

Ela, nascida Maria Domitila de Castro Canto e Melo, virou marquesa após se tornar mulher de Dom Pedro 1, a quem conheceu poucos dias antes da declaração da Independência do Brasil, em 1822. Anos depois, ela foi mulher do coronel Anastácio de Freitas Trancoso, que se destacou na vida social e política de São Paulo no século 19. Em 1856, foi vendido ao brigadeiro Tobias de Aguiar e à sua mulher, a marquesa de Santos.


A fazenda do Anastácio está envolvida na história de São Paulo por via da Marquesa principalmente por compor o que hoje seria um reduto de Quilombo por honra de Domitila já que, segundo recentes descobertas, uma parte da região é composta por moradores que na sua origem poderiam ser protegidos da ilustre proprietária.

Já que as terras da marquesa eram imensas e com certeza na sua origem delimitavam alguns bairros atuais da região. Domitila ao que se sabe era, além de abolicionista, admiradora da cultura afro-brasileira. Foi muitas vezes flagrada a “pitar” com os escravos que protegia. Embora sua construção não seja remanescente do século dezoito deveria, por história da região, fazer parte do itinerário histórico com restauração e preservação.

Com a morte dos dois, os herdeiros venderam a área ao frigorífico da Companhia Armour do Brasil, que fez a edificação.  Em 1920 a construção recebeu a fachada atual em estilo chamado missões ou hispânico para servir o Club House do frigorífico Armour como local de lazer e recreação para os funcionários desta empresa.
background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">O Casarão do Anastácio, que tem 92 anos, já serviu de hospedaria e lugar de criação e treinamento de cavalos. Quase foi incorporado a um parque municipal.

O atual proprietário -, a incorporadora norte-americana Tishman Speyer  - prometeu transformar o imóvel em um centro cultural público.







Tombado Casarão do Anástácio - Estadão