sexta-feira, 16 de março de 2012

Casa da família Buarque de Hollanda, Rua Buri (atualizado 16/03/2012)

 Heloisa Buarque de Hollanda com os netos, Álvaro, Luiz, Miucha, Sergito, Teodoro, Jayme, Chico, Maria do Carmo, Ana Maria e Cristina no colo. Fonte


Construída há 94 anos, a casa da Rua Buri tem valor histórico e cultural para a cidade, porque foi nela que o historiador Sergio Buarque de Hollanda trabalhou, estudando e escrevendo, durante os últimos 25 anos de vida. Localizado na Rua Buri, 35, no Pacaembu, o imóvel foi declarado de utilidade pública pela prefeita Marta Suplicy no dia 11 de julho de 2002, comemoração do centenário de nascimento do historiador.

O imóvel, em terreno de mais de 600 metros quadrados, abrigará o Centro Cultural Sergio Buarque de Holanda – Discoteca da Música Brasileira.

 Crédito da imagem: Viva Pacaembú por São Paulo

Na casa, o mestre autor de Raízes do Brasil, escreveu seus textos. Dali saíram, para os festivais de MPB dos anos 60 e 70, os jovens Chico Buarque, Miucha, Cristina e Ana. Ali se reuniram os então jovens talentos. A batalha judicial deu-se porque uma ex-funcionária requereu nos tribunais o usucapião da propriedade. A família recebeu a desapropriação. Por enquanto a casa está com as janelas emparedadas, para evitar invasões e vandalismo.







Os meninos da Rua Buri, do jornalista Claudio Renato



Fontes:

Viva Pacaembú

Margarita sem Censura 

------------------------------------------------------------------------------------

Restaurada

As paredes já receberam nova camada de tinta e o piso voltou à cor original. No entanto, os cômodos da casa da rua Buri, no Pacaembu, zona oeste, que pertenceu à família Buarque de Holanda, continuam vazios.
Comprado pela prefeitura em 2007, o imóvel foi reformado e aguarda a instalação do Centro de Referência em Estudos de Educação. As obras, que custaram R$ 403 mil, duraram quatro meses e terminaram em dezembro. Porém, segundo a Secretaria Municipal de Educação, ainda não há data para que o espaço ganhe nova função. 

Isadora Brant/Folhapress
Fachada da casa que foi dos Buarque de Holanda, na rua Buri, no Pacaembu; mesmo reformado, imóvel segue sem uso
Fachada da casa que foi dos Buarque de Holanda, na rua Buri, no Pacaembu; mesmo reformado, imóvel segue sem uso.


De acordo com a pasta, o modelo do centro de estudos, que deverá ser aberto ao público, está em desenvolvimento. A ideia é fomentar a pesquisa aplicada em educação. Para lá, deve ser transferida toda a documentação da secretaria, hoje na Vila Mariana. 

Quando a prefeitura adquiriu a casa, cogitou-se fazer ali um centro cultural, mas o plano não saiu do papel.
A construção feita de tijolos maciços e pedras recebeu em 1957 o historiador Sérgio Buarque de Holanda, sua mulher e os setes filhos, entre eles Chico Buarque. Após a morte de Sérgio, em 1982, uma ex-babá ficou no local.
Nas mãos da prefeitura, a casa recebeu corrimãos nas escadas externas e grades na fachada --para evitar invasões como a de janeiro de 2011, quando estudantes protestaram contra "soluções urbanísticas, arquitetônicas e sociais no governo Lula". 






Visualizar Chega de Demolir S!P em um mapa maior (Vista da Região-Google Street View)


Exibir mapa ampliado


Visualizar Casas históricas paulistanas em um mapa maior

5 comentários:

  1. A internet é algo fantástico. Seu blog é um serviço essencial a memória de São Paulo. Parabéns
    Pedro Nastri

    ResponderExcluir
  2. Pedro,

    Obrigado por seu comentário. Geralmente conhecemos somente as residências de pessoas muito famosas, mas aqui já moraram e ainda moram muitas personalidades que vale a pena divulgar. Afinal, podemos dizer que temos um vasto museu a céu aberto (rs). Abs.

    ResponderExcluir
  3. Em nenhuma matéria a respeito da casa informam que é visitável e qual o horário de visitação. Uma lástima!

    ResponderExcluir
  4. Sou contra à certos tombamentos históricos, pois são simples construções que não acrescenta nada na vida do morador, mesmo sendo esse, uma pessoa que fez parte da sociedade. Quando os órgãos públicos recebem imóveis como patrimônios, sem ter que "gastar"o dinheiro público, é até aceitável, mas nesse caso por exemplo, além de comprar o imóvel, ainda foi gasto com reformas e o que é pior, ainda sem nenhum uso para a população. A crítica é no geral e não só nesse caso.

    ResponderExcluir