sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Casarão da família Carlos Leôncio de Magalhães (Nhô Nhô Magalhães)

Restauração de palacete construído na década de 1930 em Higienópolis, e que vai virar centro cultural, revela memória da cidade


A história se desnuda a cada pincelada, a cada martelada, a cada raspagem. Pelos corredores do casarão no número 758 da Avenida Higienópolis, na região central de São Paulo, a memória da cidade ainda com feições do século passado está sendo revelada diariamente por operários, pintores e restauradores.

Há sempre uma surpresa a ser encontrada, um detalhe, um vitral, uma pintura escondida, um cofre disfarçado, uma passagem secreta. Ali, durante os trabalhos de reforma do antigo palacete do barão do café Carlos Leôncio de Magalhães, percebe-se também que a preservação do patrimônio histórico da capital está intimamente ligada à manutenção da identidade paulistana. Um testamento de que progresso e desenvolvimento não significam apenas demolições.

O casarão de cinco pavimentos, 2.463 metros quadrados e pé-direito nas alturas está sendo restaurado pelo grupo que administra o Shopping Pátio Higienópolis, que comprou o imóvel em um leilão do governo estadual. A intenção é transformar o local em um centro cultural, possivelmente com café e uma pequena livraria - o trabalho dos restauradores, no entanto, ainda vai longe, com pelo menos mais dois anos de pinceladas, marteladas e raspagens. "Não dá para precisar quanto tempo ainda vai levar, e para falar a verdade não preciso correr. Vir aqui trabalhar é um imenso prazer, todo dia tem uma surpresa", diz o conservador e restaurador Toninho Sarasá, responsável pela reforma do casarão.

Curiosidades. Parece até que o tempo parou ali no endereço - passear por aqueles corredores e cômodos, mais do que uma simples visita a uma obra, é quase como entrar em uma fotografia antiga. O imóvel foi erguido de 1930 a 1937 pela empresa Siciliano & Silva, com o estilo eclético que fazia sucesso na Europa. O nível de detalhes é impressionante - o palacete ostenta piso de marchetaria, lustres de ferro fundido, lambris de jacarandá entalhados pelo artista italiano Dinucci, vitrais belgas, mosaicos com vidro Murano e teto em madeira de lei ornamentado em gesso pintado em dourado.

Surpresas e curiosidades realmente não faltam. Cada quarto tem uma pintura totalmente diferente, sempre imitando tecido, com padronagens típicas de castelos franceses. No primeiro andar há uma pequena capela inspirada no Mosteiro dos Jerônimos, de Lisboa, e os entalhamentos na madeira da escada principal exibem inúmeros símbolos religiosos. No subsolo, há um anfiteatro com capacidade para quase 50 pessoas sentadas; já na sala, um balcão todo em jacarandá mostra o apreço que os donos tinham por saraus e apresentações musicais.

A história conta que Leôncio de Magalhães, no entanto, não conseguiu desfrutar da mansão. Morreu um ano antes da conclusão. A mulher, Ernestina, e os cinco filhos, solteiros, mudaram-se para a nova casa, onde moraram por 11 anos. A partir de 1974, o local virou sede da Secretaria da Segurança e da Delegacia Anti-Sequestro. "Tudo foi muito bem preservado, pouca coisa foi modificada", diz Toninho Sarasá. "Já restauramos a fachada, e agora precisamos trabalhar no interior. Acho importante mostrar que demolir não é a única resposta, a cidade vai sentir falta de seu patrimônio lá na frente. Por meio dessas casas antigas, o paulistano pode conhecer sua história."


Fonte: O Estado de São Paulo 



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Quem foi: 

Carlos Leôncio de Magalhães, conhecido como Nhonhô Magalhães, foi um dos maiores fazendeiros de café do Estado de São Paulo nas primeiras décadas do século XX. Também teve uma casa comissária e uma empresa financeira, entre outros empreendimentos, e foi muito ativo na Sociedade Rural Brasileira.

Nasceu em Araraquara em 1875, único filho homem de Carlos Baptista de Magalhães, abastado fazendeiro, comerciante e banqueiro daquela cidade, que também participou ativamente na política local. O pai serviu duas vezes como vereador de Araraquara, de 1877 a 1880 e de 1894 a 1896. Liderou uma revolta monarquista na região, em 1902, com a participação do filho, mas assumiu a presidência do diretório local do Partido Republicano poucos anos depois. Além de atuar na administração das fazendas do pai, o jovem Nhonhô começou cedo a criar novas fazendas por conta própria em Matão, posteriormente vendidas com amplas margens de lucro. 

A valorização das suas fazendas foi a fonte de boa parte de sua fortuna. O maior e mais lucrativo negócio de sua vida foi a compra, em 1911, da sesmaria de Cambuí, imenso latifúndio pouco explorado de 25.000 alqueires paulistas (605 quilômetros quadrados) na região dos atuais municípios de Matão, Nova Europa e Gavião Peixoto, e sua transformação na Companhia Agrícola e Pastoril d´Oeste de São Paulo, vendido a um grupo inglês em 1924 por 20.000 contos, mais de dez vezes o valor que ele pagou. Quando da venda para os ingleses, a propriedade tinha quatorze fazendas, com 2.500.000 pés de café, 15.000 cabeças de gado e dez estações ferroviárias. Nhonhô ficou com uma parte da antiga sesmaria, a fazenda Itaquerê, que ele transformou em fazenda modelo diversificada, embora continuasse a produzir principalmente café. Nesta propriedade, também construiu uma usina da açúcar e uma usina hidroelétrica.

Fonte: Jornal O Imparcial



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Casa de Ramos de Azevedo (1891)


Família Ramos de Azevedo na residência da Rua Pirapitingui - Biblioteca FAU - USP


São Paulo, nas últimas décadas do século XIX, passou por profundas transformações impulsionadas pela expansão da economia cafeeira e pelo afluxo do capital internacional.

Surgia em sua sociedade uma incipiente classe média formada por imigrantes europeus, ao mesmo tempo em que tradicionais famílias do interior transferiam-se para a capital, o que tornava São Paulo o núcleo urbano mais efervescente do país.

A arquitetura da cidade refletiu essas mudanças: os velhos casarões e sobrados construídos em taipa começaram a ser demolidos, dando lugar a edificações grandes e elegantes em cimento armado, erguidas em bairros como Liberdade e Campos Elíseos, que apenas principiavam a existir. Era o início de uma nova elite proprietária e de uma metrópole cujo gosto arquitetônico se moldava pelas tendências européias.

Francisco de Paula Ramos de Azevedo foi um dos principais artífices das mudanças dos padrões arquitetônicos adotados em São Paulo, entre os séculos XIX e XX. Formado em Engenharia e Arquitetura na Universidade de Rela, em Grand, Bélgica, em 1896 fundou seu escritório em São Paulo, transformando-se numa espécie de “construtor oficial do governo”. Projetou e executou importantes obras na cidade, como o Teatro Municipal, o Edifício dos Correios e Telégrafos, o Parque Dom Pedro a Escola Caetano de Campos e o Mercado Municipal.

Além disso, centenas de palacetes, escolas, hospitais e cadeias saíram das pranchetas orientadas por ele. A Pinacoteca do Estado, o Palácio da Justiça e o Palácio das Indústrias também foram concebidos por seu espírito inovador.

O casarão da Rua Pirapitingüi, número 111, construído em 1891, foi a residência de Ramos de Azevedo e de sua família por várias décadas. Em 1983, o imóvel foi doado à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, à Cruzada Pró-Infância e à Fundação Antônio Prudente.

Dois anos depois, foi tombado pelo Condephaat e pela Prefeitura, ficando desocupado até 1988, quando a Global Editora consolidou sua aquisição e desenvolveu amplo projeto de restauração do espaço, sem contar com qualquer tipo de apoio governamental ou particular.

Em 1995, concluído um terço dessas obras, a Global assumiu sua nova sede e desde então, está instalada no casarão da Rua Pirapitingui, 111 (Liberdade), e as obras de restauração ainda continuam.
 
 
* Visitas podem ser agendadas com a assessor de imprensa Guilherme Loureiro, de segunda à sexta.
Tel: (11) 3277-7999






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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Minarete amarelo, Rua 21 de Abril (Monteiro Lobato)

 Minarete amarelo - Aquarela de Monteiro Lobato

A história do velho Belenzinho não estaria completa, se aqui não se falasse de um edifício, que passou à história da literatura nacional, imortalizado por Monteiro Lobato. Trata-se do famoso "Minarete", que aparece em A Barca de Gleyre, livro que condensa a correspondência do pai do Jeca Tatu com Godofredo Rangel, durante quarenta anos, fato virgem nas letras. Naquele livro, o criador de Emília, a boneca falante, assim descreve a bucólica mansão:

"Minarete era como chamávamos o chalezinho amarelo da Rua 21 de Abril, no Belenzinho, uma rua sem calçamento, toda sebe de espinheiros. Devia haver, mas não me lembro, casas por lá, afora o chalezinho do Minarete, centro de um terrenão de Chácara. Uns cinqüenta metros de frente, cerca viva com o portão de ferro no centro – o clássico portão de ferro com pilastras de tijolos e vasos em forma de urna em cima. Dentro dos vasos, essas pobres plantinhas que lembram pés de ananas, mirradas, atrofiadas, impedidas de crescer pela angústia do espaço para raízes. No mais, laranjeiras, ameixeiras, creio que um pé de romã, o coqueiro ao lado, a horta e uma grande paineira à esquerda. Era ali a toca do Rangel, que pagava por ela 20 mil réis por mês."

Conta, Godofredo Rangel, que um dia lá apareceu Ricardo Gonçalves e tão encantado ficou, lá na sacada, com a vista agreste, o coqueiro ao lado e a paineira, que exclamou, numa expansão:

– Mas é uma torre, Rangel! Veja que amplidão de vista se descortina! Uma torre – Minarete!... E você é um muezim...

Aos poucos, foram aparecendo os demais: Monteiro Lobato, Raul de Freitas, Artur Ramos, Lino Moreira, Tito Lívio Brasil, Albino de Camargo, Cândido Negreiros, Júlio Costa, José Antônio Nogueira. Muitas vezes, saíam do Minarete (que ficava perto da Rua Cesário Alvim) à meia-noite, não para farras, mas para irem apreciar os efeitos do luar no Tietê, no alto do bairro, perto de uma fábrica de vidros.

Fonte: Memória de São Paulo

Literatura do Minarete cobre o período de 1900 a 1904, quando Monteiro Lobato dividia com Ricardo Gonçalves e Godofredo Rangel, entre outros colegas do curso de Direito, a república do Minarete, um casarão localizado no bairro paulistano do Belenzinho. São textos da mocidade que revelam um escritor ainda em fase de amadurecimento, mas cujo estilo claro e direto já contém os traços da irreverência e ironia que marcariam toda a sua obra.

Fonte: Editora Globo



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sábado, 16 de outubro de 2010

Casa da família da escritora Zélia Gattai,Alameda Santos Numero 8



Na década de 1920, a Alameda Santos era, literalmente, a porta dos fundos da Avenida Paulista. Na avenida, passavam belos carros e desfilavam banqueiros, industriais e senhoras elegantes. Pela alameda, a um quarteirão de distância, transitavam caminhões de entregas, serviçais e carroças. A escritora Zélia Gattai, futura senhora Jorge Amado, nasceu ali em 1916 e viveu na região até a adolescência. "Alameda Santos número 8" é, aliás, o título do primeiro capítulo do livro de estréia de Zélia, Anarquistas, Graças a Deus, com lembranças de sua infância em São Paulo e do cotidiano de famílias de imigrantes no início do século XX. "Rodas de carroças e patas de burro jamais tocaram no bem-cuidado calçamento da Paulista", escreveu. "Tudo pela Alameda Santos!"                                                                               Fonte: Memórias dos Jardins



 Trecho do livro: Anarquistas Graças a Deus - Zelia Gattai


Num casarão antigo, situado na Alameda Santos número 8, nasci, cresci e passei parte da minha infância. 

Ernesto Gattai, meu pai, alugara a casa por volta de 1910, casa espaçosa, porém desprovida de conforto. Teve muita sorte de encontrá-la, era exatamente o que procurava: residência ampla para a família em crescimento e, o mais importante, o fundamental, o que sobretudo lhe convinha era o enorme barracão ao lado, uma velha cocheira, ligada à casa, com entrada para duas ruas: Alameda Santos e Rua da Consolação. Ali instalaria sua primeira oficina mecânica. Impossível melhor localização! 

Para quem vem do centro da cidade, a Alameda Santos é a primeira rua paralela à Avenida Paulista, onde residiam, na época, os ricaços, os graúdos, na maioria novo-ricos. 

Da Praça Olavo Bilac até o Largo do Paraíso, era aquele desparrame de ostentação! Palacetes rodeados de parques e jardins, construídos, em geral, de acordo com a nacionalidade do proprietário: os de estilo mourisco, em sua maioria, pertenciam a árabes, claro! Os de varanda de altas colunas, que imitavam os "palazzos" roamanos antigos, denunciavam - logicamente - moradores italianos. Não era, pois, difícil pela fachada da casa, identificar a nacionalidade do dono.



 Alameda Santos 1936, ao fundo o dirigível alemão Hindenbur.
Fonte: Saudades de Sampa 


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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Casarão do Belvedere


 Ilustração: Casarão do Belvedere

O imóvel construído em 1927 foi habitado por 4 gerações de descendentes de seus construtores, a família de Ernest Sohn. Em 2001 estes decidem se desfazer do imóvel, organizam uma venda e nessa venda são retiradas portas, janelas, vitrais e escadas.



 Construção do Casarão do Belvedere 1927 - Fonte: Panoramio
Arquivo pessoal: Paulo Goya

Em dezembro de 2002 o imóvel é tombado pelo CONPRESP da cidade de São Paulo. Depenado e já sem o lustro original, em janeiro de 2003, Paulo Goya, ator e atualmente o Presidente da OSCIP Espaço Cultural Dona Julieta Sohn que determina a linha de criação e gerencia os projetos artísticos do Casarão, como herdeiro do imóvel propõe à família a transformação do imóvel em espaço cultural.

Durante todo o ano de 2003 tentou-se recuperar e salvaguardar o que restava da construção. Obra custosa. Diante da impossibilidade de gerenciar a restauração e levar adiante o projeto artístico estabeleceu-se uma parceria para a obtenção da Lei de Fomento ao Teatro. Assim em agosto de 2004, junto com os Fofos Encenam, o Casarão abrigou o Projeto ‘Assombrações do Recife Velho’. Em conjunto pudemos assim devolver à população de São Paulo o derradeiro exemplar da alvenaria burguesa do bairro que se chamou o Belvedere.

Entre o Bixiga e a Liberdade. Bairro que foi habitado pelos imigrantes franceses do final do século XIX, vindos para as missões francesas que remodelaram São Paulo no início do século XX. Onde se construiu a Vila Itororó. Local de residência de Oswald de Andrade e Octales Marcondes. Local de residência do arquiteto Ramos de Azevedo.

Hoje o Casarão além de abrigar e receber projetos de teatro, começa a implementar sua programação musical e das artes visuais. Tem como objetivo a restauração, a urbanização do entorno completamente deteriorado do imóvel devido aos efeitos sociais dos últimos 30 anos e mais recentemente face a uma política perversa de construção; procurando preservar os remanescentes materiais e imateriais de sua memória.

Desde 26 de agosto de 2005 apresentou 30 espetáculos de teatro. Participou das duas Viradas Culturais. Defende a criação do pólo cultural da Vila Itororó mantendo seus habitantes no bairro. Luta pela criação de uma nova política de preservação para a cidade de São Paulo, que respeite sua história assim como os habitantes dela. Tenta implementar seu trabalho social voltado para o bairro e seus moradores criando um centro de informática e cidadania. Um local onde a informática servirá de motor para a reconstituição da memória material e sobretudo da imaterial através da criação de um repertório de imagens e documentos e dados que contam seu passado.



 Casarão do Belvedere em 1970 - Fonte: Panoramio
Arquivo pessoal: Paulo Goya

Rua Pedroso, 267 - Bela Vista
Metrô São Joaquim

Tel.: 3266-5272


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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Casa do Tatuapé


Arte: Hélio Bertolucci Jr.

A Casa do Tatuapé é uma construção em taipa de pilão, com seis cômodos e dois sótãos, que se diferencia de outros exemplares remanescentes do período colonial por apresentar telhado de apenas “duas águas”.

No inventário de 1698 consta o registro que comprova a construção do imóvel em um terreno que pertencera ao padre Matheus Nunes de Siqueira, que nomeou Mathias Rodrigues da Silva como administrador de seus bens, ficando a este o crédito de ter sido o construtor da casa. Em meados do século XIX, o sítio passou a abrigar uma olaria onde eram fabricadas, exclusivamente, telhas. Entretanto, com a imigração italiana, a olaria passou a fabricar também tijolos. Para que a casa pudesse ser residência e depois olaria era preciso ter água nas cercanias. Este fato explica porque sua implantação esteve vinculada à proximidade de um curso d’água, situação hoje descaracterizada pela retificação do rio Tietê e canalização do córrego do Tatuapé.

Em 1945, após a morte de seu proprietário, Elias Quartim de Albuquerque, o imóvel foi comprado pela Tecelagem Textilia. Com o loteamento da propriedade, a casa restou implantada em um terreno reduzido, cercado por outras construções muito próximas. Sua atual situação urbana impede a compreensão das relações que a Casa do Tatuapé mantinha originalmente com a paisagem.

Três décadas mais tarde a Casa do Tatuapé foi adquirida pela Prefeitura do Município de São Paulo. Entre 1979 e 1980, sob responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), por meio de um projeto realizado em conjunto com o Museu Paulista da USP, foram realizadas pesquisas arqueológicas e, em um segundo momento, o imóvel passou por obras de restauro.
Os trabalhos foram realizados de modo a reconstituir algumas paredes que estavam por desabar, assim como o madeiramento e o telhado. Também foram restauradas as janelas com balaústres e as portas almofadadas. Com o intuito de evidenciar características da época de sua construção, conservou-se nos cômodos o piso em “terra batida”.

Em 1981 a Casa do Tatuapé foi aberta à visitação pública. Em 1991 o imóvel passou por novas obras de preservação, e no ano seguinte a Casa do Tatuapé foi reaberta à população, abrigando atividades sócio-culturais.


Casa do Tatuapé
Rua Guabijú, 49, Tatuapé, São Paulo, SP
Fone 11 2296 4330
Aberta de terça a domingo, das 9 às 17h
Visita orientada. Entrada franca.