Na década de 1920, a Alameda Santos era, literalmente, a porta dos fundos da Avenida Paulista. Na avenida, passavam belos carros e desfilavam banqueiros, industriais e senhoras elegantes. Pela alameda, a um quarteirão de distância, transitavam caminhões de entregas, serviçais e carroças. A escritora Zélia Gattai, futura senhora Jorge Amado, nasceu ali em 1916 e viveu na região até a adolescência. "Alameda Santos número 8" é, aliás, o título do primeiro capítulo do livro de estréia de Zélia, Anarquistas, Graças a Deus, com lembranças de sua infância em São Paulo e do cotidiano de famílias de imigrantes no início do século XX. "Rodas de carroças e patas de burro jamais tocaram no bem-cuidado calçamento da Paulista", escreveu. "Tudo pela Alameda Santos!" Fonte: Memórias dos Jardins
Trecho do livro: Anarquistas Graças a Deus - Zelia Gattai
Num casarão antigo, situado na Alameda Santos número 8, nasci, cresci e passei parte da minha infância.
Ernesto Gattai, meu pai, alugara a casa por volta de 1910, casa espaçosa, porém desprovida de conforto. Teve muita sorte de encontrá-la, era exatamente o que procurava: residência ampla para a família em crescimento e, o mais importante, o fundamental, o que sobretudo lhe convinha era o enorme barracão ao lado, uma velha cocheira, ligada à casa, com entrada para duas ruas: Alameda Santos e Rua da Consolação. Ali instalaria sua primeira oficina mecânica. Impossível melhor localização!
Para quem vem do centro da cidade, a Alameda Santos é a primeira rua paralela à Avenida Paulista, onde residiam, na época, os ricaços, os graúdos, na maioria novo-ricos.
Da Praça Olavo Bilac até o Largo do Paraíso, era aquele desparrame de ostentação! Palacetes rodeados de parques e jardins, construídos, em geral, de acordo com a nacionalidade do proprietário: os de estilo mourisco, em sua maioria, pertenciam a árabes, claro! Os de varanda de altas colunas, que imitavam os "palazzos" roamanos antigos, denunciavam - logicamente - moradores italianos. Não era, pois, difícil pela fachada da casa, identificar a nacionalidade do dono.
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Alameda Santos 1936, ao fundo o dirigível alemão Hindenbur.
Fonte: Saudades de Sampa
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Olá! Adorei os seus blogs!!Estou te seguindo e vou levar o link pois não quero perder nada.
ResponderExcluirbjossss
Oi Cacau,
ResponderExcluirObrigado pelas visitas e não deixa de ser um incentivo para que possamos reunir dados e contar um pouco sobre a história da nossa cidade.
Abraços.
Esse livro e uma merda
ResponderExcluirPara quem não conhece de história antiga deve ser mesmo uma merda
ExcluirGostos são gostos. para Anonimo.
ResponderExcluirÉ tão legal ver q a casa do livro q estou lendo virou um bar frequentei em uma época!
ResponderExcluirParabens pelo blog!
Tem gente que acha chato ,mas quem gosta de livros e sabe como são história antigas não ficam achando que é um "bosta uma m****"
ResponderExcluirEstou adorando ler o livro. Um turbilhão de emoções estou sentindo e podendo comparar com a atualidade.
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