sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Palacete do ex-presidente Rodrigues Alves, Higienópolis


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 Marco da elite cafeeira paulista do século passado, um casarão construído entre os anos de 1910 e 1918 na esquina das ruas Piauí e Itacolomi, no bairro de Higienópolis, agoniza há sete anos à espera de nova finalidade. O imóvel, que já foi propriedade da famíla do ex-presidente Rodrigues Alves (1902-1906), é um dos últimos exemplares da arquitetura dos palecetes do período de ouro do café.

Até 2003 abrigou a sede da PF (Polícia Federal). Entre os presos famosos que passaram por lá estão o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e o mafioso italiano Tommaso Buscetta. Mas, após a mudança da PF para a Lapa, o casarão, tombado pelo patrimônio histórico, entrou em um período de abandono e degradação.

Em 2004, a Polícia Militar tentou transferir para o casarão um de seus batalhões, mas a ideia não prosperou. Também foi cogitada a abertura ali de um museu de arquitetura. Hoje, a garagem é a única área utilizada do casarão. Vizinhos do prédio utilizam as vagas e ainda contam com seguranças, que tomam conta do espaço dia e noite.

Procurada, a PF informa que não tem nenhuma ligação com o local desde a mudança. Segundo o órgão, a administração do espaço foi devolvida ao INSS (Instituto Nacional de Previdência Social ), proprietário do imóvel desde a década de 1990.
O INSS, por sua vez, afirma que a situação só será resolvida ao final de uma disputa judicial que já dura 17 anos. O problema é que o INSS vendeu o casarão à construtora Encol.

Em 1997, a construtora pediu concordata, sem quitar o pagamento. O INSS, então, entrou na Justiça para retomar o imóvel, mas a questão segue sem decisão.

O INSS diz que paga a segurança do local, privada, mas não quis informar quanto gasta por mês. De acordo com o instituto, “não há nenhum projeto previsto para o local enquanto a questão estiver na Justiça. Ele continuará fechado”, informa o
órgão.


 Fonte: eBand/Metro

Quem foi:
Francisco de Paula Rodrigues Alves (Guaratinguetá, 7 de julho de 1848 — Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1919) foi um advogado, político brasileiro, Conselheiro do Império, presidente da província de São Paulo, presidente do estado, ministro da fazenda e quinto presidente do Brasil.

Governou São Paulo por três mandatos: 1887 - 1888, como presidente da província, e como quinto presidente do estado de 1900 a 1902 e como nono presidente do estado de 1912 a 1916.
Rodrigues Alves foi o último paulista a tomar posse como presidente do Brasil. Foi eleito duas vezes, cumpriu integralmente o primeiro mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo mandato (que deveria se estender de 1918 a 1922).



Da esquerda para a direita: Oscar Rodrigues Alves, Isabel Rodrigues Alves, Maria Rodrigues Alves. Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves, Zaïra Rodrigues Alves e capitão Eduardo Lejeune (ajudante de ordens). Arquivo da Família Rodrigues Alves. Autor desconhecido. 1913





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