Foto: Hélio Bertolucci Jr. ©
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Matéria do jornal Estadão
Casarão histórico é demolido em uma noite na Paulista
Na virada de segunda para terça-feira, um casarão dos anos 1920, branco e de dois andares no número 91 da Avenida Paulista, foi demolido sem chamar a atenção. A rapidez da demolição foi consequência da pressão de moradores e entidades de preservação do patrimônio, que tentavam evitar a destruição. Não deu tempo. Agora, há apenas cinco mansões históricas em pé na via.
No último sábado, houve até um protesto contra a especulação imobiliária na frente do endereço, uma tentativa de forçar uma resposta imediata da Prefeitura. O local deverá agora servir de entrada para mais uma torre comercial - de 10 andares e 40 salas comerciais. 'Sua empresa no principal centro financeiro do Brasil', diz o anúncio da empresa, que já tem estande de vendas na região.
'Fizeram tudo isso na calada da noite para ninguém ver, é um absurdo que nos deixa estarrecidos', diz Jorge Eduardo Rubies, presidente da ONG Preserva São Paulo. Em agosto, a entidade entrou com pedido de abertura de processo de tombamento do casarão, conhecido como residência Dina Brandi Bianchi, no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp). Até agora, o pedido não havia sido votado - ou seja, não havia restrições para a construtora demolir o imóvel. Caso o Conpresp tivesse aberto o processo, o local ficaria congelado até uma decisão em relação à importância do casarão.
Mãos atadas. 'Isso mostra a inércia do Conpresp. Não se mexeram', diz Rubies. Nas últimas três décadas, a Avenida Paulista perdeu pelo menos 30 casarões, símbolos da alta burguesia cafeeira, quando a via ainda era bucólica, cruzada por bondes camarões da Light.
'As construtoras também não se importam com o patrimônio. Tem uma área livre na esquina com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima: demoliram um casarão há 30 anos e até hoje não tem nada, tem um estacionamento. Por que não fazem um prédio lá, em vez de destruir mais um imóvel? Nós, que tentamos preservar o patrimônio, ficamos sempre de mãos atadas.'
O Conpresp afirmou que foi procurado pela construtora, mas que não há impedimento para qualquer obra, pois o local 'não é tombado nem está em área envoltória de bem tombado'. Por meio de nota, a Even, responsável pela construção, afirmou que 'tinha todas as autorizações necessárias'.
No último sábado, houve até um protesto contra a especulação imobiliária na frente do endereço, uma tentativa de forçar uma resposta imediata da Prefeitura. O local deverá agora servir de entrada para mais uma torre comercial - de 10 andares e 40 salas comerciais. 'Sua empresa no principal centro financeiro do Brasil', diz o anúncio da empresa, que já tem estande de vendas na região.
'Fizeram tudo isso na calada da noite para ninguém ver, é um absurdo que nos deixa estarrecidos', diz Jorge Eduardo Rubies, presidente da ONG Preserva São Paulo. Em agosto, a entidade entrou com pedido de abertura de processo de tombamento do casarão, conhecido como residência Dina Brandi Bianchi, no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp). Até agora, o pedido não havia sido votado - ou seja, não havia restrições para a construtora demolir o imóvel. Caso o Conpresp tivesse aberto o processo, o local ficaria congelado até uma decisão em relação à importância do casarão.
Mãos atadas. 'Isso mostra a inércia do Conpresp. Não se mexeram', diz Rubies. Nas últimas três décadas, a Avenida Paulista perdeu pelo menos 30 casarões, símbolos da alta burguesia cafeeira, quando a via ainda era bucólica, cruzada por bondes camarões da Light.
'As construtoras também não se importam com o patrimônio. Tem uma área livre na esquina com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima: demoliram um casarão há 30 anos e até hoje não tem nada, tem um estacionamento. Por que não fazem um prédio lá, em vez de destruir mais um imóvel? Nós, que tentamos preservar o patrimônio, ficamos sempre de mãos atadas.'
O Conpresp afirmou que foi procurado pela construtora, mas que não há impedimento para qualquer obra, pois o local 'não é tombado nem está em área envoltória de bem tombado'. Por meio de nota, a Even, responsável pela construção, afirmou que 'tinha todas as autorizações necessárias'.
Residência já demolida, foto de 08/11/11. Hélio Bertolucci Jr. ©
Visualizar Casas Históricas Paulistanas em um mapa maior, Google Street View
Visualizar Casas Históricas Paulistanas em um mapa maior
Otra vez? Pues que odio cuando asesinan el patronopat solo por conveniencia partículas y dejan al pueblo escombros y peligro social, de salud, solo por no mantenerlas
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