Quando o imperador d. Pedro II visitou o Líbano, em 1876, encorajou
um grupo de libaneses a vir “tentar a sorte” no Brasil. Mais velho de
seis irmãos, o professor universitário Nami Jafet ficou encantado com
essa possibilidade, após se encontrar pessoalmente com o brasileiro.
Onze anos mais tarde, os Jafets começavam a chegar a São Paulo.
Para comemorar os 125 anos de Brasil, os cerca de 600 descendentes
dos primeiros Jafets que aportaram no País vão se reunir no próximo
sábado para um almoço – fechado para convidados – no Clube Monte Líbano,
na zona sul. “Os Jafets todos são bons, têm bom coração. Queremos
beneficiar o mundo com o coração, não só com o dinheiro”, afirma a
matriarca da família, Violeta Jafet, de 104 anos – que será a grande
homenageada da festa.
O primeiro Jafet
O primeiro dos irmãos da família a chegar ao Brasil foi Benjamin, em
1887. Ele trouxe produtos europeus, a maioria deles adquirida em
Marselha, na França, e passou por diversas cidades mascateando. No mesmo
ano, se estabeleceu na cidade de São Paulo, onde abriu a primeira loja
da colônia árabe na Rua 25 de Março. No ano seguinte, ganhou a companhia
de seu irmão Basilio – que é o pai de Violeta.
Mas o império da família seria construído na região do Ipiranga. “Era
uma época em que aquela região tinha apenas mato. Eles compraram uma
área enorme, 120 mil metros quadrados”, conta o engenheiro civil
Benjamin Jafet Neto, de 75 anos. Era 1906 e nascia a Fiação, Tecelagem e
Estamparia Ipiranga Jafet.
Dali em diante, a história da família passou a ser parte da história
do desenvolvimento paulistano. Hoje, a cidade tem mais de dez ruas com
nomes de integrantes da família. Eles
construíram parques, igrejas, escolas, casas para centenas de
funcionários e suntuosos casarões. Um deles é o palacete de Basilio, na
Rua Bom Pastor – com vitrais em estilo art nouveau, pisos marchetados e
mármores Carrara espalhados por seus 50 cômodos.
A família Jafet foi fundamental na fundação do Clube Sírio, Clube
Atlético Monte Líbano, do Clube Monte Líbano do Rio, da Liga das
Senhoras Ortodoxas, da Igreja Ortodoxa Antioquina do Brasil e da
Catedral Metropolitana Ortodoxa, entre outras instituições.
Construções no Ipiranga
Os Jafets também estiveram por trás das obras de tratamento das águas do
Rio Tamanduateí, da construção de quatro pavilhões do Hospital Leão
XIII – atual São Camilo – e da construção da Escola Cardeal Motta. Nem a
ciência foi esquecida: após sua morte, Basilio Jafet legou parte de seu
patrimônio à Universidade de São Paulo (USP).
Sem dúvida, o principal marco da família é o Hospital Sírio-Libanês,
reconhecido pela excelência até hoje. Em 1921, a libanesa Adma Jafet –
mãe de Violeta – reuniu 27 mulheres da comunidade árabe em sua casa, no
Ipiranga, para criar um hospital. Nascia a Sociedade Beneficente de
Senhoras do Sírio-libanês. Dois anos depois, foi comprado o terreno. Em
1931, a pedra fundamental da obra era lançada.
Adma não conseguiu ver a instituição pronta, seu sonho realizado. O
Sírio-libanês foi inaugurado em 1961, sob a presidência de Violeta Jafet
– que ocupou o cargo por 50 anos. Hoje, ela é presidente de honra e
também integra o conselho da instituição.
Categoria: Patrimônio
EDISON VEIGA
Fonte da Notícia: Estadão
Residência de Luiz Antônio Gasparetto
No início dos anos 2000, o médium e psicólogo Luiz Antonio Gasparetto adquiriu o palacete para servir como sua residência. O imóvel foi então restaurado de acordo com o projeto original e sofreu algumas intervenções a fim de adaptá-lo ao modo de vida moderno respeitando o tombamento do edifício. As obras de restauro ficaram a cargo da arquiteta Josanda Ferreira e foram concluídas em 2009, quando Gasparetto passou definitivamente a residir no local até sua morte em 3 de maio de 2018.
Saiba mais sobre o Palacete Rosa
Ver Casas Históricas Paulistanas num mapa maior
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Sou um humilde motoboy e tive o privilégio de entregar um contrato a esse endereço e fiquei viajando na bela e antiga decoração da casa, lindo demais e nunca vi tanta beleza.
ResponderExcluirEU COMO DESCEDENTE DE ITALIANOS ¨MAGRINE¨FICO ADIMIRADO COM D. PEDRO II QUE UM HOMEM VISINÁRIO ENTRE TANTAS COISAS..FOI AO LIBANO EM VISITA, CONVIDA FAMÍLIAS PARA VIR PARA O BRASIL..I FICO IMPACIENTE COM A TRAIÇÃO DE SEU MELHOR AMIGO O MARECHAL FLORIONO PEIXOTO QUE AO PROCLAMAR A REPÚBLICA..LEVA D.PEDRO II AO OSTRACISMO..HOJE NÓS PODERIAMOS TEM UM PAIS COMO A INGLATERRA COM..MONARQUIA E PARLAMENTARISMO..SAIRIAMOS DESTE MODELOM DE POLÍTICAGEM DE AGORA...SALVE D. PEDRO II
ResponderExcluirGUILHERME.A REIS ( DE Mãe Italiana imigrante MAGRINE )
Tem toda razão,Dom Pedro II amava esse país,a república acabou com ele,a volta da monarquia parlamentarista é a solução,Brasil Grande novamente!
ExcluirAristocracia em tua plenitude , ... !!
ResponderExcluirMinha mãe teve o privilégio de trabalhar como copeira para D. Ângela Jafet irmã de D.Violeta. Até hoje ela relembra de quão eles eram bons e generosos,e do deslumbre do palacete.M muito bom ver anos de história tão próximo da gente.
ResponderExcluirEXEMPLOS PARA TODOS OS BRASILEIROS
ResponderExcluirAchei esse incrível registro do cortejo para enterro do Sr. Nami Jafet, o vídeo foi colorizado e remasterizado, registro lindo:
ResponderExcluirhttps://youtu.be/MJWBrVe-Gkw
Achei esse incrível registro do cortejo para enterro do Sr. Nami Jafet, o vídeo foi colorizado e remasterizado, registro lindo:
ResponderExcluirhttps://youtu.be/MJWBrVe-Gkw