quarta-feira, 23 de março de 2011

Casa de Tarsila do Amaral, Higienópolis

Tarsila do Amaral  morou no Edifício Santo André, na Rua Piauí esquina com a Av. Angélica.


ed santo andre
Foto: Fernando Stankuns


Em 1935, pela Pilmat Pilon-Matarazzo, Pilon projeta e constrói o Edifício Santo André, o segundo a ser construído em Higienópolis, encomendado pelo pai de seu sócio, o conde Andrea Matarazzo filho do industrial Francisco Matarazzo. Localizado na esquina das ruas Piauí com Avenida Angélica, com vista para o Parque Buenos Aires,com painel,no hall de entrada, em alto relevo, do artista John Graz,foi considerado o edifício elegante da ocasião. O Santo André foi ainda o primeiro edifício a usar estacas tipo Franki em sua fundação.


Quem foi:



Tarsila do Amaral (Capivari, 1 de setembro de 1886 — São Paulo, 17 de janeiro de 1973) foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.

Saiba mais sobre a vida de Tarsila do Amaral no Wikipedia


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sexta-feira, 4 de março de 2011

Casa do prof. Aúthos Pagano, City Lapa


Em uma rua tranqüila e simpática do bairro paulistano da Lapa fica o Centro Culturar e de Estudos Superiores Aúthos Pagano.  

Em 1963, o casal Pagano comprou uma casa no Alto da Lapa, bairro planejado no começo do século XX pela Cia City, uma companhia inglesa com sede em Londres. A casa foi adquirida de um médico oftalmologista que, após comprar o terreno, contratou o arquiteto modernista Gregory Warchavchik para projetá-la e contruí-la. 

Por muitos anos o casal sequer cogitou saber da origem, nem do valor arquitetônico e histórico da casa. Na verdade, o detalhe que lhes atraiu foi o fato de ser térrea e situar-se numa grande área cercada por árvores e plantas. Mas o fato é que Warchavchik é considerado o introdutor dos conceitos modernistas no design das construções brasileiras. Respeitado por arquitetos de renome tais como Le Corbusier e Frank Lloyd Wright, Gregori Warchavchik deixou uma importante obra no Brasil, país que escolheu para morar em 1923 e onde faleceu, em 1971. 

Seu escritório de arquitetura e construção abrigou muitos jovens arquitetos de talento como Vilanova Artigas e Oscar Niemeyer. O imóvel foi considerado de interesse arquitetônico da cidade e é preservado pela Lei Municipal 8759, de 7 de julho de 1978. São 900 metros quadrados, com todo o mobiliário e os objetos do casal Pagano.


A HISTÓRIA

Como uma casa num dos bairros mais tradicionais de São Paulo acabou transformando-se num agradável e interessante Centro Cultural? Pois bem, essa é uma história que vale a pena contar e que começa com o falecimento do Professor Doutor Aúthos Pagano, 1.976. Sua esposa, a advogada Carmela, pensou em doar a biblioteca à USP, mas recuou diante da possibilidade de ver as obras espalhadas pelos diversos departamentos da Universidade. Seu plano era mantê-la intacta. Nesse momento lhe ocorreu a idéia de transformar a casa em um Centro Cultural. A lei que decretou a preservação da casa, em 1.978, foi o primeiro passo para concretizar esse desejo, pois, como a região é estritamente residencial, ela acabou abrindo espaço para a criação do Centro. Em 11 de maio de 1982, a Dra. Carmela Pagano doou a residência do casal e a biblioteca ao Governo do Estado de São Paulo, sob a guarda da Secretaria de Estado da Cultura, para a criação do Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano. Posteriormente, nos fundos do terreno, foi construído um pequeno auditório para 60 pessoas para melhor receber o público durante as palestras e concertos promovidos no local.

Atualmente, o Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano é administrado pela APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte, que, além de manter e conservar o imóvel e o acervo, promoveu melhorias no equipamento e coordena a programação dos eventos realizados no local.



Quem foi:

Aúthos Gloi Ischiros Mateo Domingo Pagano nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 21 de setembro de 1.909. Foi o quarto filho de uma família com raízes brasileiras ligada às artes e às ciências. Ainda criança, após a morte do pai, veio morar no Brasil, já que a família da mãe morava em São Paulo. Pagano prosseguiu com seus estudos e formou-se em 1.936 em Economia, pela Fundação Álvares Penteado, a mesma instituição onde se tornou professor e, depois, diretor. Na USP, estudou filosofia. Aos 23 anos de idade defendeu a primeira tese de doutorado em economia do Brasil, “Coeficiente Instantâneo de Mortalidade”, que lhe rendeu o título de Doutor Honoris Causa, em Cuba. Seguiu sua carreira na Fundação Álvares Penteado, instituição pela qual publicou a obra “Lições de Estatística”. No início dos anos 50, com a fundação da Faculdade de Ciências Econômicas do Mackenzie, o professor-doutor Aúthos Pagano foi convidado a lecionar Demografia, Estatística e Matemática. Permaneceu na Faculdade até a sua morte. Outra ciência que ocupou sua atenção foi a Astronomia, assunto sobre o qual escreveu vários artigos em jornais de diversos países. Também formou-se em Direito pela USP e pela Universidade de Montevidéu, com títulos de doutor nas duas instituições. Foi diretor da Divisão de Estatística da Municipalidade de São Paulo. Possuía o título de Conde Aúthos Pagano de Pérgamo, além de várias condecorações acadêmicas e nobiliárquicas. Casou-se em 1.946 com Carmela Antonia Danna Pagano, que fora sua aluna de matemática na Álvares Penteado e faleceu em 1.976, em São Paulo, aos 66 anos.

Fonte: Centro cultural e de estudos superiores Aúthos Pagano

Centro Cultural Aúthos Pagano
Rua Tomé de Souza, 997 - Lapa
Tel: 3836-4316
Segunda a quinta 9 as 19h..
Grátis


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