sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Atriz Laura Cardoso. As casas no Bixiga, São Vicente e Itú


Reprodução: Internet

A atriz Laura Cardoso nasceu no bairro do Bixiga/Bela Vista (Wiki). Segundo uma anotação deste autor, publicada no Jornal Gazzetta DÍtalia edição de marco de 2012, o endereço era Rua São Domingos, 17. Tradicionalissimo local onde moravam os imigrantes italianos. Foi alfabetizada nos anos 1930 no Colegio Passalacqua. 

Atualmente a atriz vive recluda em sua casa na cidade de Itú, no interior de São Paulo. No ano de 2023 a jornalista Maria Beltrão foi recebida naquela casa onde fez um tour por vários lugares. Com muitos jardins, a casa tem piscina, casebres, uma horta, e uma capela.

No mesmo ano de 2023 Laura Cardoso visitou a casa onde morou com as filhas na cidade litorânea de São Vicente, onde disse a reportagem: "cidade em que tive casa por lindos anos. Lugar onde me diverti, minhas filhas passaram sua infância e criei memórias maravilhosas... vivas até hoje".

Segundo a atriz a casa  está localizada na Rua José Antônio Zuffo, no Centro, próximo ao Morro dos Barbosas, foi da família dela até meados de 1960. "Infelizmente, não está preservada, mas as paredes carregam minha história e me dá um sentimento extraordinário revê-la".



Reprodução: Casa de Itú e de São Vicente/SP


Quem é Laura Cardoso:


 
Nasceu na cidade de São Paulo no dia 13 de setembro de 1927, registrada como Laurinda de Jesus Cardoso Balleroni, mas ficou conhecia como Laura Cardoso. Filha de imigrantes portuguese, seus pai foram  Adriano Cardoso e sua mãe Carolina Cardoso. Uma das grandes atrizes brasileiras, pioneira no campo da atuação. Recebeu vários prêmios ao longo de anos de carreira, sendo também recordita em participações de telenovelas.

Dentre os prêmios: Três Grande Otelo, Quarto Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002 foi laureada com o Trófeu Mario Lago pelo conjunto da obra. Em 2006 condecorada com a Ordem do Mérito Cultural, prêmio recebido pelas mãos do Presidente Luís Inácio Lula da Silva. 

Cônjuge: Fernando Baleroni de 1949 até 1980.
Filhas: Fernanda Cardoso e Fátima Cardoso
Neta: Fernanda Baleroni
Bisneto: Fernando Faria

Instagram Laura Cardoso




terça-feira, 9 de julho de 2024

Rita Lee: "Ela nem vem mais pra casa, doutor."

 

Reprodução LP, acervo pessoal. Hélio Bertolucci Jr.




A Vila Mariana, é um distrito localizado na zona centro-sul do município de São Paulo, sua característica é região nobre, classe média alta, mas também com um perfil comercial. ora residencial, possuindo um dos metros quadrados mais caros da cidade. Foi ali que Rita Lee nasceu, na Rua Joaquim Távora, 670 em um velho casarão dos anos 1920 onde viveu até os 19 anos.

Rita Lee trazia na memória o numero do telefone 703-487 e ainda algunas detalhes da casa:. Era na ampla cozinha que as mulheres passavam o dia inteiro escutando rádio, costurando e cozinhando", O casarão todo tinha pé direito bem alto, as portas eram pesadas, os janelões largos, os ornamentos das paredes pintados à mão e cada quarto e sala tinha um carimbo diferente".

No extenso porão: "palco das idiossincrasias de nossa família 'Addams'. Tinha tetos e paredes forrados com desenhos, paisagens, fotos de artistas de cinema e da música, contos de fadas, animais, santos, marcas de produtos, sobras de pano, capas de revistas, mosaicos de louças quebradas, enfim, pensávamos mil vezes antes de jogar qualquer obra de arte no lixo", diz. Lá também havia o laboratório de experiências científicas do pai de Rita e um palquinho em que a família se apresentava. Esse visual lisérgico era, obra da mulherada quando ainda não existia televisão. A parte do porão que cabia ao meu pai era do estoque.

O casarão foi derrubado há mais de 30 anos junto a outras três casa para dar lugar a dois prédios ocupados peloa igreja católica.

Rita também morou em outro imóvel na mesma região, na Rua Pelotas. Esta residência ficou marcada na memória quando no ano de 1976 foi presa, por porte de maconha, mas segundo ela a erva foi "plantada" por policiais.

Outra casa icónica foi o sobrado "Casa Mutante" da família do Arnaldo Baptista, no bairro da Pompéia na Rua Venâncio Aires, 408 onde nasceu a banda Tutti Frutti, em 1966.

Outras menções de residências foram extraidas do livro: "Rita Lee, uma autobiografia.

Ruas Eça de Queiroz, na Vila Mariana, onde a família Lee viveu em um “microapê” alugado e recebeu Rita em tempos de prisão domiciliar.

Rua Ferdinando Laboriau, no Pacaembu, onde viveram em um “casa térrea simpática”.

Rua Manoel Maria Tourinho, também no Pacaembu, agora morando em um “sobradão bacana estilo espanhol”.

Rua Bahia, no Higienópolis, onde residiram por bastante tempo em um “mega duplex de cobertura há um quarteirão da FAAP, entre as praças Buenos Aires e Vila Boim”.

Rua Fradique Coutinho, em Pinheiros, onde foi morar sozinha no “pequeno apê” onde acabou “acorrentada de vez à escravidão da birita”
.
Saindo do tema "casas", Rita Lee fez um participação no filme "Fogo e Paixão, dos diretores Isay Weinfeld e Marcio Kogan, lançado em 1988. Rita Lee e Roberto de Carvalho aparece em uma cena, como namorados, fazendo pic nic no Parque do Ibirpuera, um dos lugares preferidos de Rita.




Foto: Internet

Rita Lee no últimos anos morou em um sítio no município de Cotia, na grande São Paulo cercada de muito amor, muitos animais, natureza e em companhia do marido Roberto de Carvalho



Foto: Divulgação


Rita Lee é todo ano homenageada pelo Bloco de Rua Rita Leena. O bloco carnavalesto foi criado em 2015 pelas musicista Alessa Camarinha e a figurinistaYumi Sakate



Foto: Hélio Bertolucci Jr.


Rita Lee é nome de um dos palcos  no Programa Altas Horas da TV Globo. O programa Saia Justa do canal a cabo GNT, também homenageia Rita danto nome ao sofá. Rita Lee esteve na primeira formação do programa, ao lado de Marisa Orth, Fernanda Young e Mônica Waldvogel.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei em 2024 propondo dar o nome da cantora Rita Lee ao Parque Ibirapuera, localizado na Zona Sul da cidade.



Quem foi Rita Lee:


Reprodução LP, acervo pessoal. Helio Bertolucci Jr.



Rita Lee Jones de Carvalho, nasceu em São Paulo no dia 31 de dezembro de 1947. Foi uma cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista brasileira. Conhecida como "Rainha do Rock Brasileiro".

Rita era a filha mais nova do dentista Charles Fenley Jones (1904–1983), paulista descendentede imigrantes norte-americanos confederados do Alabama e do Tenesse, estabelecidos em Santa Barbara D' Oeste[e de Romilda Padula, apelidada Chesa (1904–1986), também paulista, filha de imigrantes italianos da região do Molise, no sul da Itália,

Rita Lee teve um primeiro casamento com Arnaldo Baptista e depois com o músico Roberto de Carvalho. O caso Rita e Roberto tiveram três filhos: Beto, João e Antonio Lee.




Reprodução LP, acervo pessoal, Hélio Bertolucci Jr.

Faleceu no dia 08 de maio de 2023. Foi velada no Planetário no Parque do Ibirapuera com a presença de mais e 6 mil fãs. Após o velório, foi cremana no município de Itapecerica da Serra, na grande São Paulo.]




Fontes de pesquisas:

Relembre lugares ligados à história da cantora Rita Lee

Rita Lee por Norma Lima

Casa onde a banda "Os Mutantes" nasceu na Pompéia

Conheça o sitio aconchegante de Rita Lee



💓Ela nem vai mais para casa, doutor. Trecho da música "Esse Tal de Roque Enrow".



quinta-feira, 16 de maio de 2024

Hebe Camargo. Uma casa e algumas mansões.

Foto: Divulgação

Hebe contou em algumas entrevistas quando a família decidiu morar em São Paulo, era num cortiço na Rua Rui Barbosa, no bairro do Bixiga/Bela Vista.

Hebe Camargo adquiriu uma casa em 1965 financiada pela CEF no bairro do Sumaré onde morou com seu marido Décio Capuano, divorciando-se em 1971 (1964-1971).  Hebe e Marcello ocuparam o imóvel até 1979. A casa ficou algum tempo alugada e depois foi escritório do sobrinho Claudio Pessutti. Foi vendida após a morte da apresentadora e  quem adquiriu construiu uma casa totalmente nova. 

 Em 1979 Marcello e Hebe se mudaram para a residência no bairro do Morumbi, com Lélio Ravagnani  segundo marido da apresentadora. A casa foi encontro de muitos artistas, famosos e de grandes festas. Após a morte do empresário em 2000 a casa foi entregue aos seus herdeiros. 

No novo endereço no bairro nobre Cidade Jardim, Hebe fez algumas reformas e adquiriu alguns terrenos vizinhos. A casa possue lago artificial, piscina, capela, salas amplas com muitos ambientes e imagina-se muitos quartos, banheiros e cozinha. O que também se pode imaginar, um local onde ficavam seus funcionários. 


Foto: Reprodução/Youtube


A casa com 7 mil quadrados, foi vendida em 2023 após seis anos de sua morte pelo valor de R$30 milhões. 

A casa possue lago artificial, piscina, capela, salas amplas com muitos ambientes e imagina-se muitos quartos, banheiros e cozinha. O que também se pode imaginar, um local onde ficavam seus funcionários. 

Hebe Camargo também foi proprietária de uma mansão em Itú, conhecida por ter uma piscina de 400m2, avaliada em US$1,5 milhão. Uma mansão em Taubaté no interior de São Paulo, avaliada em R$ 1,5 milhão e também adquiriu  na década de 1980 um propriedade na cidade litorânea de Caraguatatuba/SP. 

Hebe Camargo possuia 5 automóveis Mercedez-Bens, joías, obras de arte e investia em bois da raça Simental. 

De fevereiro a junho de 2019 aconteceu a exposição Hebe Eterna, no Edifício Farol Santander. Foi uma exposição emersiva, interativa e luxuosa.  Foram expostos 400 pares de sapatos, cerca de 100 vestidos e outras mil peças de roupas. Ainda milhares de imagens, 215 bolsas, 193 troféus, etc. 


Foto: Hélio Bertolucci Júnior

Foto: Hélio Bertolucci Júnior

Quem foi Hebe Camargo: 

Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, nasceu na cidade de Taubaté em 08 de março de 1929, foi uma apresentadora, cantora, radialista, humorista e atriz brasileira. Foi considerada a Rainha da Televisão Brasileira. Foram seus pais Esther Magalhães de Camargo e Sigesfredo Monteiro de Camargo.

Foi casada com Décio Capuano (1964-1971) e Lélio Ravagnanai (1973- 2000). Teve um filho, o apresentador Marcello Camargo Capuano, que atualmente apresenta no Youtube o canal Café com Selinho.

Hebe iniciou sua carreira em 1940 na Rádio Tupi como cantora. Em 1950 foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão da televisão brasileira.

Acervo Pessoal: Hélio Bertolucci Júnior

No ano de 1964 se afastou da televisão a pedido do marido Décio Capuano para dar a luz ao filho Marcello. Retorno a televisão em abril de 1966 pela TV Record, após varios convites e a contragosto do marido.

Em  1973 deixou a TV Record e levou seu programa para a TV Tupi onde ficou até 1975. Devido a interferências nas pautas, resolveu também deixar a emissora para se dedicar a infância do filho. 

Em 1979 vai para a TV Bandeirantes e fica até 1986 quando se transfere para o SBT onde ficou por 24 anos. 

Em 2010 assinou com a Rede TV ficando até 2012. Hebe Camargo faleceu no dia 29 de setembro de 2012 e foi enterrada no Cemitério Gethsemani, bairro do  Morumbi, em São Paulo.


Fontes de pesquisas:

Como era a mansão de Hebe Camargo

10 anos sem Hebe Camargo

Mansão de 30 milhões

Biografia Hebe Camargo - Wikipedia

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Ayrton Senna, uma casa na Zona Norte de São Paulo

Homenagem aos 30 anos de morte


Fonte Wikipedia

Ayrton Senna passou sua infância, pais e irmãos, no bairro Jardim Sao Paulona zona norte de São Paulo na Rua Condessa Siciliano nas décadas dde 1960 e 1970.


A atual proprietária é a Sra. Marina Rey Rachas. Saiba mais sobre esta história


A família também morou na Avenida Nova Cantareira no Tucurivi, onde Ayrton comemorou o primeiro lugar do Grande Prêmio Brasil de 1991.


Em inicio de carreira no ano de 1981chega a Norfolk, no extremo leste da Inglaterra. Senna vivia em Eaton, na periferia da cidade de Norwick, 160km ao noroeste de Londres. Saiba mais:


Em 1991 comprou a casa na Quinta do Lago, perto do aeroporto de Faro, em Portugal. Neste local manitinha também seu jatinho.



Fonte: Reprodução



Quem foi Ayrton Senna:

Ayrton Senna da Silva, nasceu na cidade de São Paulo no dia 21 de março de 1960  e morreu em 01 de maio de 1994 com 34 anos em Bolonha, Emília Romana, Itália. A causa da morte foi acidente automobistico. 

Filho do empresário Milton Guirado Theodoro da Silva e de Neyde Senna da Silva. São seus irmãos Viviane Senna e Leonardo Senna. 

O piloto  foi enterrado no Cemitério do Morumbi. O túmulo está bem no centro, embaixo de uma árvore onde fás sempre depositam flores.  



Fonte: Reprodução  da Internet

Wikipedia:






quarta-feira, 25 de junho de 2014

Pateo do Colégio número 1


Foto: Hélio Bertolucci Jr. - 30/05/2014


Colaboração: Suely Piedade Santos

Eis que chegou um momento em que felizmente após anos de espera é possível conferir a profunda recuperação de um patrimônio histórico de São Paulo, o edifício tombado construído em 1888, no Pátio do Colégio, nº 1, no Centro.

Restaurar na minha concepção é inovar, é buscar as formas originais de algo que o tempo deteriorou, é remexer do âmago do que sobreviveu. Frente a este casarão renascido no centro velho da minha querida SAMPA também me sinto mexida. É impossível ver suas novas formas, sem relembrar o passado, um passado familiar, inclusive.

Quanto aos registros oficiais, eis o que diz desse prédio o livro "Bens Culturais Arquitetônicos no Município e na Região Metropolitana de São Paulo, a bíblia do patrimônio histórico da cidade: "Edifício contemporâneo aos que Ramos de Azevedo construiu no Pátio do Colégio em 1887, quando aquele espaço urbano foi remodelado, distinguindo-se muito da antiga Praça da Sé, que lhe ficava contígua.

Ostenta em sua cimalha a data de 1888 e, pelos pormenores da modenatura, especialmente no que diz respeito à ornamentação em relevo das janelas, conclui-se que o edifício seja igualmente obra do escritório daquele arquiteto paulista. Estava ocupado, no início do século, pela loja de móveis Ao Grande Oriente, fundada em 1889; presume-se que o edifício tenha sido projetado especialmente para ela."

Outros registros dão conta que fora concebido por Manuel dos Reis Pinto da Rocha, construtor português que trabalhava habitualmente para o Conde de São Joaquim, próspero negociante também de origem lusa.

Seu primeiro morador foi Joaquim Lopes Lebre, agraciado pelo rei de Portugal em carta régia de 28 de Novembro de 1879 com o título de Barão de S. Joaquim, e em 22 de Março de 1881 elevado à dignidade de Visconde do mesmo nome.



Primeiro proprietário do prédio (Fonte- Museu do Imigrante)


Seu ilustre morador, gozava da consideração e simpatias gerais, não só pela sua importantíssima posição comercial, como pelos dotes do seu carácter sério e digno, pela sua índole, deixando grandes legados a cidade de São Paulo.

Numa visão mais particular, esse prédio guarda muitas recordações, vivências, histórias de vida e mais do que isso é um símbolo para mim, pois foi nele que toda família de minha mãe, vinda de Minas para São Paulo nos idos de 1940, se estabeleceu como inquilinos, fincando raízes por longos anos.

Naquela ocasião, havia nele um estúdio fotográfico que funcionava no primeiro andar. No segundo andar ficava nossa residência e pensão de minha avó. No térreo o bar e pastelaria, ganha pão de meu avô, por alguns anos.


Acervo pessoal - anos 1950 - Registro porta de entrada do estúdio fotográfico 
que funcionava no primeiro andar do prédio.




Interior do prédio - anos 1950 - Momento familiar - acervo pessoal

Na pensão para moços da minha avó, meu pai e minha mãe se conheceram, apaixonaram-se, noivaram e casaram.

No térreo, bem antes do meu nascimento, funcionara a pastelaria do meu avô, que pelo que soube fornecia pastéis de carne, queijo e palmito, para quase todos os bares nas imediações da Praça da Sé, Largo de São Bento e Largo São Francisco, inclusive para o Mercado Municipal.



Arquivo: Suely Piedade Santos

Na minha memória, suas dependências foram palco de uma infância feliz vivida naqueles idos dos anos 50 quando suas escadas, que conduziam ao segundo andar, possibilitavam chegar às janelas ornamentadas, descortinando uma paisagem nunca esquecida do coração de São Paulo, a cidade que jamais imaginaria ver crescer como cresceu.


Pateo do Colégio número 1
Foto: Arquivo pessoal - Suely Piedade Santos





Foto:Suely Piedade Santos


  Foto:Suely Piedade Santos


Helio Bertolucci Jr. (2009)


 Detalhes do andamento da restauração. Foto:Toninho Urias Marceneiro

Vista externa da obra de restauração em fase final 
 Foto de Selma P.Santos Hirose - 15/07/2013


* Segundo me informaram em 2009, quando estive fazendo as fotografias, o imóvel é de propriedade da Santa Casa de Misericórdia. (?)

Exibir mapa ampliado (Vista da região - Google Street View)


Visualizar Casas históricas paulistanas em um mapa maior



Fontes:
O Centro de São Paulo há 100 anos - Prefeitura de São Paulo.
Museu do Imigrante

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O casarão nº 1 do Pateo do Colégio,  próximo  dos edifícios do Tribunal de Alçada Cível que também ganhos novos restauros, é entregue a cidade totalmente restaurado.   A região da Pateo do Colégio/Sé vai se tornando mais atraente aos visitantes.

Aos poucos a  história arquitetônica da cidade vai ganhando novas restaurações e seus proprietários vão entendendo o porquê de se preservar estes patrimônios.

Só nos resta saber qual destino dará a este imóvel e quem são seus proprietários. 

Nota do blog


(Atualizado o original postado em 22/10/10)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Casarão do Anastácio

visão de baixo para cima




















Mais fotos do Casarão, por Viviane Shinzato


O Casarão do Anastácio foi erguido onde havia uma casa de taipa em pilão, que pertenceu à Marquesa de Santos.

Ela, nascida Maria Domitila de Castro Canto e Melo, virou marquesa após se tornar mulher de Dom Pedro 1, a quem conheceu poucos dias antes da declaração da Independência do Brasil, em 1822. Anos depois, ela foi mulher do coronel Anastácio de Freitas Trancoso, que se destacou na vida social e política de São Paulo no século 19. Em 1856, foi vendido ao brigadeiro Tobias de Aguiar e à sua mulher, a marquesa de Santos.


A fazenda do Anastácio está envolvida na história de São Paulo por via da Marquesa principalmente por compor o que hoje seria um reduto de Quilombo por honra de Domitila já que, segundo recentes descobertas, uma parte da região é composta por moradores que na sua origem poderiam ser protegidos da ilustre proprietária.

Já que as terras da marquesa eram imensas e com certeza na sua origem delimitavam alguns bairros atuais da região. Domitila ao que se sabe era, além de abolicionista, admiradora da cultura afro-brasileira. Foi muitas vezes flagrada a “pitar” com os escravos que protegia. Embora sua construção não seja remanescente do século dezoito deveria, por história da região, fazer parte do itinerário histórico com restauração e preservação.

Com a morte dos dois, os herdeiros venderam a área ao frigorífico da Companhia Armour do Brasil, que fez a edificação.  Em 1920 a construção recebeu a fachada atual em estilo chamado missões ou hispânico para servir o Club House do frigorífico Armour como local de lazer e recreação para os funcionários desta empresa.
background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">O Casarão do Anastácio, que tem 92 anos, já serviu de hospedaria e lugar de criação e treinamento de cavalos. Quase foi incorporado a um parque municipal.

O atual proprietário -, a incorporadora norte-americana Tishman Speyer  - prometeu transformar o imóvel em um centro cultural público.







Tombado Casarão do Anástácio - Estadão

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Família Jafet, 125 anos em São Paulo



Quando o imperador d. Pedro II visitou o Líbano, em 1876, encorajou um grupo de libaneses a vir “tentar a sorte” no Brasil. Mais velho de seis irmãos, o professor universitário Nami Jafet ficou encantado com essa possibilidade, após se encontrar pessoalmente com o brasileiro. Onze anos mais tarde, os Jafets começavam a chegar a São Paulo.

Para comemorar os 125 anos de Brasil, os cerca de 600 descendentes dos primeiros Jafets que aportaram no País vão se reunir no próximo sábado para um almoço – fechado para convidados – no Clube Monte Líbano, na zona sul. “Os Jafets todos são bons, têm bom coração. Queremos beneficiar o mundo com o coração, não só com o dinheiro”, afirma a matriarca da família, Violeta Jafet, de 104 anos – que será a grande homenageada da festa.

O primeiro Jafet
O primeiro dos irmãos da família a chegar ao Brasil foi Benjamin, em 1887. Ele trouxe produtos europeus, a maioria deles adquirida em Marselha, na França, e passou por diversas cidades mascateando. No mesmo ano, se estabeleceu na cidade de São Paulo, onde abriu a primeira loja da colônia árabe na Rua 25 de Março. No ano seguinte, ganhou a companhia de seu irmão Basilio – que é o pai de Violeta.

Mas o império da família seria construído na região do Ipiranga. “Era uma época em que aquela região tinha apenas mato. Eles compraram uma área enorme, 120 mil metros quadrados”, conta o engenheiro civil Benjamin Jafet Neto, de 75 anos. Era 1906 e nascia a Fiação, Tecelagem e Estamparia Ipiranga Jafet.

Dali em diante, a história da família passou a ser parte da história do desenvolvimento paulistano. Hoje, a cidade tem mais de dez ruas com nomes de integrantes da família. Eles construíram parques, igrejas, escolas, casas para centenas de funcionários e suntuosos casarões. Um deles é o palacete de Basilio, na Rua Bom Pastor – com vitrais em estilo art nouveau, pisos marchetados e mármores Carrara espalhados por seus 50 cômodos.

A família Jafet foi fundamental na fundação do Clube Sírio, Clube Atlético Monte Líbano, do Clube Monte Líbano do Rio, da Liga das Senhoras Ortodoxas, da Igreja Ortodoxa Antioquina do Brasil e da Catedral Metropolitana Ortodoxa, entre outras instituições.

Construções no Ipiranga

Os Jafets também estiveram por trás das obras de tratamento das águas do Rio Tamanduateí, da construção de quatro pavilhões do Hospital Leão XIII – atual São Camilo – e da construção da Escola Cardeal Motta. Nem a ciência foi esquecida: após sua morte, Basilio Jafet legou parte de seu patrimônio à Universidade de São Paulo (USP).

Sem dúvida, o principal marco da família é o Hospital Sírio-Libanês, reconhecido pela excelência até hoje. Em 1921, a libanesa Adma Jafet – mãe de Violeta – reuniu 27 mulheres da comunidade árabe em sua casa, no Ipiranga, para criar um hospital. Nascia a Sociedade Beneficente de Senhoras do Sírio-libanês. Dois anos depois, foi comprado o terreno. Em 1931, a pedra fundamental da obra era lançada.

Adma não conseguiu ver a instituição pronta, seu sonho realizado. O Sírio-libanês foi inaugurado em 1961, sob a presidência de Violeta Jafet – que ocupou o cargo por 50 anos. Hoje, ela é presidente de honra e também integra o conselho da instituição.

Categoria: Patrimônio
EDISON VEIGA

Fonte da Notícia: Estadão

Residência de Luiz Antônio Gasparetto

No início dos anos 2000, o médium e psicólogo Luiz Antonio Gasparetto adquiriu o palacete para servir como sua residência. O imóvel foi então restaurado de acordo com o projeto original e sofreu algumas intervenções a fim de adaptá-lo ao modo de vida moderno respeitando o tombamento do edifício. As obras de restauro ficaram a cargo da arquiteta Josanda Ferreira e foram concluídas em 2009, quando Gasparetto passou definitivamente a residir no local até sua morte em 3 de maio de 2018.


Saiba mais sobre o Palacete Rosa





Ver Casas Históricas Paulistanas num mapa maior
Ver Casas Históricas Paulistanas num mapa maior

sexta-feira, 20 de julho de 2012

De casarão a centro cultural

 A revista Veja São Paulo, na sua edição de nº 2278, de 19/07/12, fez matéria sobre antigas casas que viraram Centros Culturais, locais que foram listados neste blog há tempos. 

Faltaram o Casarão do Belvedere, do meu amigo Paulo Goya, que há anos está tentando captar recursos para restaurar o imóvel que pertenceu a sua família; a antiga Casa de Ramos de Azevedo que não é um centro cultural, funciona a editora Global, mas está impecável na sua preservação; a casa da família Buarque de Hollanda no Pacaembú, entre outros lugares.

A notícia boa, que talvez o imóvel que pertenceu a familia Franco de Mello, de 1919, poderá se transformar no Museu Maurício de Souza. Tomara!!!!


Enquanto isso o Palacete do Barão do Rio Pardo,  na Alameda Barão de Piracicaba, nos Campos Elíseos, está caindo aos pedaços, sem telhado, já desabou uma parte. Alô, Alô Conpresp e Condephaat. Cadê o Ministério Público, fazer valer esta preservação?

 

Campos Elíseos 

Foto: Hélio Bertolucci Jr., feita em dezembro de 2009 




  
 Reprodução: Google Street View, janeiro de 2011


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Conheça construções famosas em São Paulo que foram transformadas em museus e espaços de atividades artística.


Anna Carolina Oliveira | 14/07/2012

Casarão tombado - Casarão da Avenida Paulista-Futuro: o destino do endereço está em fase de negociação
Futuro: o destino do endereço está em fase de negociação
Reprodução

Tombado em 1992, o palacete instalado no número 1919 da Avenida Paulista foi construído em 1905 e passou por algumas gerações da família Franco de Mello. Hoje, outros já estão de olho no espaço. Trata-se de Mônica, Magali, Cebolinha, Cascão, personagens da turma de Mauricio de Sousa.

O destino do endereço ainda está em negociação, mas a ideia é transformá-lo em um museu, com arte original, revistinhas e brinquedos. "A [avenida] Paulista tem poucas opções para crianças. Queremos inaugurar um espaço que atraia esse público e o incentive a visitar outros acervos, como o do Masp", afirma Jacqueline Mouradian, curadora da Mauricio de Sousa Produções. Com a recente decisão na Justiça que obriga o Estado de São Paulo a indenizar pelo tombamento do casarão a família proprietária, o projeto está em espera. Se o acordo com o cartunista for fechado, o local passará por uma grande reforma, preservando a fachada e estrutura do imóvel. "A conclusão de todo o projeto levaria cerca de seis anos", explica Jacqueline.
Esta não é a primeira vez que uma construção antiga de São Paulo ganha um fim cultural. Outras passaram pelo mesmo processo de tombamento e tiveram a fachada conservada, com o interior completamente transformado.


Conheça, abaixo, três casarões e uma residência histórica que receberam novas funções:

- Casa da Rua Lopes Chaves
Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda
O que hoje funciona como a Oficina da Palavra Casa Mário de Andrade, espaço de atividades artísticas e culturais, deveria, na verdade, abrigar um acervo completo do escritor modernista. Quando tombada em 1975, a propriedade tinha o objetivo inicial de ser transformada em uma casa-museu. "Infelizmente, os móveis originais e outros pertences foram doados, então não foi possível concretizar o projeto", explica Carlos Augusto Mattei Faggin, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e conselheiro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico — CONDEPHAAT. Ao contrário de outros casarões, a moradia do artista estava instalada em um bairro popular. "A casa é geminada e de estilo mais simples, porém tem um valor simbólico grande para São Paulo. Mário de Andrade viveu quase toda a sua vida lá", afirma o também arquiteto e urbanista.

- Casarão da Alameda Cleveland
Alameda Cleveland, 601 - Campos Elíseos
Desde a sua construção, em 1890, a estrutura que abriga atualmente o Museu da Energia já passou por muitas mãos. As mais importantes foram a de seu segundo proprietário, Henrique Santos Dumont. O irmão do famoso inventor do avião comprou o lugar em 1894. "O próprio Alberto Santos Dumont passou uma temporada na residência", conta Maria Lucia Bressan Pinheiro, professora de História da Arquitetura na FAU-USP. Naquela época, o casarão era considerado nobre, pois estava situado no primeiro bairro de luxo da cidade, "Campos Elíseos", uma homenagem à célebre avenida francesa Champs-Elysées. Depois de ficar abandonado e até ser invadido por mendigos, o palacete foi tombado em 2002 e hoje é responsabilidade da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo.

- Casarão da Avenida Paulista
Avenida Paulista, 37 - Paraíso
A construção é uma das muitas de autoria de Ramos de Azevedo, renomado arquiteto paulistano. A diferença é que a obra tem um valor sentimental: foi um presente de casamento para sua filha Lúcia e o genro Ernesto Dias de Castro. Quando tombado em 1985, o imóvel teve sua área dividida e o terreno com a residência passou a abrigar a Casa das Rosas. “Um terço da propriedade foi cedido para empreendimento imobiliário e dois terços para o centro cultural", explica o professor Carlos Faggin. Feita com os melhores materiais — boa parte importada —, a casa até hoje conserva a boa estrutura e os traços do classicismo inglês, típicos dos projetos de Azevedo.

- Casarão da Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353 - Bela Vista
Famoso pela lenda que assombra o local, o endereço popularmente conhecido como a Casa da Dona Yayá era uma chácara de quase um alqueire que sofreu algumas transformações. O local foi loteado, passou por pelo menos três famílias e chegou a abrigar um pequeno hospital psiquiátrico, segundo a professora da FAU-USP Maria Lúcia. "A última moradora foi Sebastiana de Mello Freire, a Yayá, diagnosticada com alguns problemas psicológicos. Por isso, foi construída uma espécie de clínica na casa", explica. Segundo Maria Lúcia, o trauma provocado pela perda de parentes próximos, desestabilizou a mulher de tal forma que ela nem podia sair mais de seus cômodos. Como nunca se casou, não tinha herdeiros para deixar o imóvel. Em 1998, ele foi transferido para a USP por meio da herança vacante — na época, um bem era passado automaticamente para a instituição quando o morto não tinha parentes próximos. Desde 2004, a residência funciona como o Centro de Preservação Cultural — CPC da USP, que realiza eventos culturais no local.

Fonte da notícia:  Veja São Paulo


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Casa da família Nemirovsky, Jardim América






A casa da família Nemirovsky ficava na Rua Guadalupe, 778 e foi demolida em 2005. Este é o fio de uma história arquitetônica que não consegui levantar.

Porque será que demoliram esta residência, localizada em um bairro de classe alta? Uma Fundação, foi criada em 1987 para preservar o acervo de obras de arte da família e com certeza poderiam ter mantido na casa da Rua Guadalupe. Algo a complementar esta história algum dia.

Fiquei sabendo da existência desta casa, quando visitei a exposição do acervo da família Nemirovsky "A casa da Rua Guadalupe", na Estação Pinacoteca, localizada onde foi o antigo Dops, no ano de 2012.


Quem foram:




José e Paulina Nemirovsky


José foi médico, empresário, pintor, poeta e colecionador de arte. Nasce em Buenos Aires e cresce no Rio de Janeiro, formando-se em medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Praia Vermelha. Em 1941, em visita a São Paulo, conhece Paulina Pistrak. Casam-se em 1943. O casal fixa residência na capital paulista, morando, a partir de 1975, na casa projetada pelo amigo e arquiteto Jorge Zalszupin. Situada à rua Guadelupe, no aprazível bairro do Jardim América, a casa é sinônimo de arte e bem viver.

Por mais de trinta anos, essa arquitetura incomum, feita de paredes curvas em alvenaria e tetos moldados em concreto aparente, acolhe o melhor do modernismo brasileiro, pondo pinturas como as de Tarsila e Volpi ao lado de imagens de arte sacra, o Bicho, de Lygia Clark, junto a peças de artesanato popular, e vasos de Gallé e Lalique misturados a recordações de viagens e fotos de família.

Fonte das pesquisas:

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 Fundação José e Paulina Nemirovsky

A Estação Pinacoteca abriga a Coleção Nemirovsky, um dos mais importantes acervos de arte moderna do país, fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado da Cultura e a Fundação José e Paulina Nemirovsky, que permitiu sua instalação no edifício. O Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado (Cedoc) e a Biblioteca Walter Wey, que apresenta um significativo acervo de artes visuais – com destaque para arte brasileira –, funcionam no primeiro andar da Estação Pinacoteca.




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